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Queda nas exportações de carne bovina

Com os efeitos da Operação Carne Fraca sendo ainda sentidos na realização de negócios, um mês relativamente curto (18 dias úteis) e alguns fortes compradores tradicionais como o Egito reduzindo suas compras em função de dificuldades para a obtenção de dólares para pagar suas aquisições, as exportações de carne bovina in natura e processada despencaram em abril e registraram seu pior resultado para este mês nos últimos cinco anos. No total, o Brasil exportou apenas 88.947 toneladas contra 108.898 toneladas no mesmo mês do ano passado, ou seja: uma queda de 18% em volume. Em receita a redução foi de 14%: de US$ 420,3 milhões para US$ 362,2 milhões.

Este foi o terceiro mês consecutivo de queda nas vendas externas já que apenas janeiro resultou em números positivos em relação a 2016. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano o Brasil exportou 420.435 toneladas, obtendo uma receita de US$ 1,66 bilhão contra 465.478 toneladas e US$ 1,76 bilhão em 2016, queda de 10% no volume e de 6% na entrada de divisas.

A China continua sendo o maior cliente do produto brasileiro e manteve sua estratégia de aumentar suas compra diretas pelo continente e de reduzir as importações via intermediários por Hong Kong. Mesmo assim Hong Kong continua sendo o maior comprador da carne bovina brasileira com 88.55 toneladas no acumulado do ano, contra 109.329 toneladas no mesmo período de 2016: redução de 19%. Já a China Continental aumentou as aquisições em 26,6% em relação ao ano passado: de 51.216 toneladas para 64.770 toneladas. A Rússia foi o segundo maior comprador da carne bovina brasileira com 50.383 toneladas (+15,2%); o Irã o terceiro, com 36.242 toneladas (+ 26,5%); os Estados Unidos o quarto, com 15.678 toneladas (+ 69%) e a Arábia Saudita o quinto, com 18.877 toneladas (+ 147%).

Comparativamente, as maiores quedas nas importações foram as do Egito, que reduziu suas compras de 74.196 toneladas em nos primeiros quatro meses de 2016 para 21.850 toneladas no mesmo período de 2017 (- 70%); do Chile (de 22.616 toneladas para 16.004 toneladas, ou -29,2%); dos Países Baixos (-30,9%); do Reino Unido ( -28,8%) e da Alemanha (-24%), estes devido sobretudo as restrições europeias à entrada do produto brasileiro depois da operação da Polícia Federal. No total, 56 países aumentaram suas importações enquanto que outros 76 reduziram.

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