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Crescimento do setor 2.5 e oportunidades no mercado internacional são pauta de estudo

De olho em um mercado que movimenta globalmente mais de US$ 700 bilhões todos os anos e segue em crescimento no mundo, a Îandé Projetos Especiais se juntou à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para a realização do estudo “Os desafios e as oportunidades para empresas de impacto no mercado internacional”. Lançada na manhã de hoje (19) em evento digital, a publicação pode ser baixada gratuitamente no link.

Roberta Ramos, sócia-fundadora da Îandé, ressalta que os modelos de negócios de empresas de impacto, ou das chamadas empresas do setor 2.5, ainda são pouco explorados no Brasil, embora façam sucesso internacional a partir da agenda ambiental e social que ganha força nos países mais desenvolvidos, notadamente Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. “No Brasil, os negócios ainda estão muito voltados à competitividade, mas é um ambiente que também vem mudando, embora com menos velocidade do que no mercado internacional”, pontua.

No estudo, Roberta explica que foram entrevistadas dez empresas de impacto, que colocaram seus principais desafios e oportunidades. “Partimos do conceito de que negócios de impacto, ou do setor 2.5, são empreendimentos que têm a missão explícita de gerar impacto socioambiental ao mesmo tempo em que produzem resultado financeiro positivo de forma sustentável. Ou seja: são negócios que ficam no meio termo entre terceiro setor e atividade meramente mercantil”, explica, ressaltando que no Brasil 70% das empresas desse setor estão no ramo de serviços, 51% têm menos de um ano de operação e 45% são administradas por mulheres.

A empreendedora destaca, ainda, que entre os desafios enfrentados pelas empresas do setor estão a dificuldade ao acesso a recursos para investimento pelo desconhecimento dos caminhos, dificuldades de comunicação dos impactos gerados na sociedade, problemas logísticos e burocráticos para exportações, entre outros. “Todos os anos, recursos para inovação sobram em agências de fomento porque as empresas não sabem como chegar até eles”, alerta Roberta, ressaltando que a Îandé auxilia empresas inovadoras nesse processo, independente de porte ou atuação.

Já entre as oportunidades, Roberta lista a crescente demanda internacional por meio da disseminação das agendas ambiental e social, a fidelização dos consumidores conscientes, camada cada vez mais relevante do cenário mundial e a atenção cada vez maior dada por investidores privados e públicos para o investimento em negócios de impacto.

Exportação
Diante do crescimento dos negócios de impacto, impulsionados pela demanda internacional crescente, Roberta destaca a importância de se manter a exportação como uma estratégia comercial perene, especialmente a partir dos ganhos de imagem adquiridos por meio de certificações que atestem o impacto social das empresas. Hoje, a certificação com maior reconhecimento internacional é a do Sistema B, porém existem outras possibilidades. “O importante é ter a certificação que ateste o seu impacto no mercado”, frisa a empreendedora, ressaltando que a partir do trabalho internacional é preciso persistência para a manutenção, qualificação e ampliação da presença nesse mercado.

Agenda
Embora o objetivo principal do estudo seja de base para o desenho de uma agenda junto à CNI e ao Sebrae, a perspectiva é ir além. “Queremos contribuir para que empresas do segundo setor possam desenvolver esse olhar de impacto e também para que as empresas do ecossistema de impacto possam olhar para o mercado internacional como uma forte possibilidade de desenvolvimento dos seus negócios”, conclui Roberta.

Participaram do Estudo as empresas Eyxo, Insecta, WTF! School, Valora, Humanizadas, Fashion Masks, Dobra, Artemisia, Social Good Brasil e Nano Scoping.

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