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Vendas do e-commerce variam 68,35% nos últimos 20 meses

As vendas no comércio eletrônico tiveram variação de 68,35% entre janeiro de 2018 e agosto de 2019, aponta o índice MCC-ENET, levantamento inédito desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Compre & Confie. A partir de agora, o índice será publicado mensalmente no país, utilizando a mesma metodologia de outros importantes indicadores no Brasil divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, o Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado do comércio eletrônico brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro.

“No Brasil existem algumas empresas que divulgam informações sobre o comércio eletrônico, porém não existiam indicadores econômicos oficiais com dados e metodologia confiável para o setor no Brasil. O Compre & Confie tem muito orgulho em poder lançar o índice MCC-ENET em parceria com a camara-e.net, pois entendemos que os indicadores poderão contribuir com mais conhecimento de mercado para os setores privado e público que atuam no universo digital”, diz André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e diretor-executivo do Compre & Confie.

A expectativa é a de que, com dados concretos divulgados periodicamente, o índice possa motivar o surgimento de políticas públicas para o setor.

“Como entidade de maior representatividade do setor, era natural que a camara-e.net desenvolvesse esses indicadores e acompanhasse de perto a evolução do mercado”, completa o executivo.

A variação do índice de vendas nos últimos 20 meses (janeiro 2018 a agosto 2019) foi de 68,35%. Já no acumulado do ano até agosto, de 22,29%. Comparado com o mesmo período do ano passado, a diferença é de 22,97%.

Na comparação por regiões, o Nordeste apresentou a maior variação positiva dos últimos 12 meses: 80,1% entre setembro de 2018 e agosto de 2019. Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste (70,43%), Sul (63,03%), Norte (55,77%) e Sudeste (50,24%).

O estudo também monitora os índices de faturamento do comércio eletrônico e constata que, entre janeiro de 2018 e agosto de 2019, houve uma variação nominal de 80,54%. No acumulado do ano (janeiro de 2019 a agosto de 2019), a variação foi de 18,59%. Na comparação entre agosto deste ano ante o mesmo mês de 2018, a diferença foi de 19,19%.

A terceira métrica analisa a participação do comércio eletrônico no comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). Entre julho de 2018 e junho de 2019, a participação do comércio eletrônico no varejo restrito foi de 5,2%. No mês de junho de 2019 (o último mês analisado pelo IBGE), o índice de participação do comércio eletrônico no varejo restrito foi de 5,4%.

O levantamento mostra ainda que a Black Friday influencia muito o setor no país e pode ser considerado o segundo Natal. Em outubro do ano passado, a participação do comércio eletrônico no comércio varejista foi de 4,5%. Já em novembro (mês da promoção), foi de 8,3%, quase o dobro.

Na avaliação por categorias, a participação do faturamento do comércio eletrônico nas atividades do comércio varejista ficou dividido em: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,2%); móveis e eletrodomésticos (23,9%); tecidos, vestuário e calçados (13,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,3%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%).

O levantamento revela ainda que, entre abril e junho de 2019, 10,1% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra no comércio eletrônico. Ao avaliar o mesmo trimestre do ano anterior, é possível concluir que o índice era de 7,6%. O aumento reforça a tendência de que o brasileiro está cada vez mais engajado em comprar por meio das plataformas digitais.

Mobile – De acordo com o Webshoppers (2019), parceria realizada entre Ebit e Nilsen, em janeiro deste ano o M-Commerce tinha 42,7% de pedidos, em junho aumentou para 43,1%. Em janeiro de 2011, os pedidos via mobile representavam 0,1%.

Ainda segundo o Conselho Eletrônico da FecomercioSP, até 2020 as vendas via dispositivos móveis devem superar as feitas via desktop. “É um crescimento enorme, mas ainda temos espaço no mercado para crescer, ainda há pessoas que não têm acesso à internet, e outras ainda estão na transição desktop e mobile.”, diz o CEO da Dr.comércio eletrônico, Thiago Sarraf.

De acordo com o IBGE, 92% dos acessos a internet são feitos pelo celular. Ou seja, ter um site responsivo, seja comércio eletrônico, institucional, blog, enfim, é extremamente importante para o sucesso do seu negócio.

“Anos atrás, as pessoas começaram a experimentar o mobile commerce, mas ainda havia muito mercado para explorar. Hoje, as pessoas não vivem sem seus celulares, então o site responsivo é mais do que fundamental para um negócio. É um divisor de águas, é primordial.”, menciona Sarraf.

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