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Apex-Brasil projeta bons resultados no comércio exterior do Brasil

Em encontros com jornalistas realizado nestas quinta e sexta-feira (7 e 8/12), em São Paulo e em Brasília, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Roberto Jaguaribe, apresentou uma avaliação das ações da Agência em 2017 e expressou otimismo em relação ao comércio exterior brasileiro para 2018. Jaguaribe abriu os encontros lembrando que, depois de dois anos negativos, a economia brasileira exibe sinais de recuperação, o que se reflete também nas exportações. “No ano passado, o Brasil fechou exportações de US$ 185 bilhões e, este ano, em novembro já havíamos chegado aos US$ 200 bilhões, de modo que as expectativas são positivas”, comentou. Em 2017, a Apex-Brasil atendeu a mais de 11 mil empresas que exportaram US$ 51,6 bilhões até outubro, o equivalente a 28,1% do total vendido pelo Brasil ao mundo.

O presidente da Agência também destacou o trabalho feito ao longo do ano para atração de investimentos estrangeiros para o país. “Ao longo deste ano, ampliamos a parceria com ministérios e outros órgãos de governo e realizamos ações importantes, principalmente em parceria com a Secretaria do Programa de Parceria em Investimentos (PPI), com foco na atração de investimentos para infraestrutura”, explicou. Um exemplo foi o Brazil Investment Forum, evento realizado em maio em SP que contou com mais de 1200 participantes e investidores de peso de diversos países. Ao todo, foram 38 eventos voltados a prospecção de investidores, em locais como China, Espanha, Estados Unidos e Alemanha, entre outros.

Outro ponto de destaque em 2017 foi o lançamento do Mapa Bilateral de Investimentos Brasil União Europeia, que trouxe dados relevantes sobre os investimentos cruzados entre os dois parceiros. O Brasil é o principal destino de investimentos europeus na América Latina e o segundo maior destino de recursos europeus fora da Europa. Por outro lado, saem do Brasil quase 70% dos investimentos que são feitos na Europa por países da América Latina. O montante do estoque investido, de cerca de 130 bilhões de euros, coloca o Brasil como um investidor mais expressivo no bloco do que todos os outros países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Os resultados são impressionantes e confirmam que a relação entre Brasil e Europa é antiga e sólida. No contexto das negociações Brasil-Mercosul, eles mostram que o fechamento do acordo é um caminho natural”, afirmou Jaguaribe.

Ainda ao avaliar os resultados de 2017, o presidente destacou as ações voltadas para o mercado chinês, país que tem recebido atenção especial da Agência. Uma das ações foi feita em parceria com a plataforma de comércio eletrônico AliBaba: durante o Single Day – dia em que todos os sites de venda de produtos online na China oferecem promoções – foi realizada uma promoção do Brasil, por meio das entidades setoriais ABIEC (Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne) e ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Como resultado, foram vendidas 200 toneladas de carne bovina e de frango ao país. “Para se ter uma ideia, mais de 15 milhões de pessoas assistiram ao vivo, pela internet, ao evento de lançamento da promoção, que ocorreu na Embaixada do Brasil em Pequim. Este é só um exemplo do potencial significativo que o país oferece tanto em termos de comércio como de investimentos”, comentou.

Roberto Jaguaribe também deu ênfase em sua fala à mudança por qual passou a Apex-Brasil no último ano a partir de uma maior integração com o Ministério das Relações Exteriores. Ao longo de 2017, foram realizadas 165 ações conjuntas com o MRE, em 41 países. “A nossa integração, principalmente com os Setores de Promoção Comercial das Embaixadas do Brasil no exterior (os Secoms), está mudando a qualidade e o formato das ações da Apex-Brasil. Há uma sinergia muito grande, tanto com atividades de inteligência comercial quanto de promoção”, afirmou.

Por fim, Jaguaribe destacou a atenção dada em 2017 aos programas de qualificação de empresas para o comércio exterior. Houve um aperfeiçoamento da metodologia do Programa de Qualificação Empresarial (Peiex) e o número de empresas atendidas cresceu 175% em relação a 2016, atingindo o total de 4.333 empresas, em 16 estados brasileiros e 1313 municípios. “A pretensão é chegarmos a todos os estados do Brasil e para isso estamos trabalhando uma parceria com o CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que poderá nos ajudar bastante neste sentido”, explicou.

Diretrizes para 2018

Para o próximo ano, Roberto Jaguaribe destacou o trabalho de promoção do agronegócio brasileiro. “Estamos diante de uma estimativa de aumento significativo da demanda global por alimentos e o Brasil é, indubitavelmente, o país com maior capacidade de atender a esta demanda e expandir a sua produção de forma absolutamente sustentável”, afirmou. A Apex-Brasil tem hoje 18 projetos setoriais de promoção de produtos do agronegócio e realizará 130 ações para estes segmentos. “Estamos fazendo um esforço coordenado com diversos outros órgãos, com uma estratégia específica para abertura de mercados na Ásia, onde a demanda de alimentos cresce mais rapidamente. E também com ações para enfrentarmos as dificuldades que temos em relação à imagem do Brasil, que é apresentada de uma forma que não corresponde à realidade”, afirmou.

Jaguaribe destacou que, apesar da importância do agronegócio, os setores da indústria e dos serviços não podem ser deixados de lado. “As exportações da indústria este ano foram relevantes e tiveram uma expansão superior a do setor agrícola”, comentou.

Por fim, o presidente da Apex-Brasil reforçou a importância das iniciativas para micro e pequenas empresas, como a qualificação, por meio do Peiex, e os programas eXport – voltado ao comércio eletrônico, e StartOut – destinado a apoiar a internacionalização de startups. “O comércio eletrônico é algo que tem crescido a taxas de dois dígitos em todo o mundo. Já equivale a 2 trilhões de dólares. Nosso objetivo com este projeto é fazer parcerias com plataformas globais, fortalecer as plataformas brasileiras e capacitar as empresas brasileiras para atuar nestes sistemas”, comentou.

Da Apex-Brasil

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