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Apex-Brasil cria estratégia de atuação com embaixadas

Agência terá o setor comercial das embaixadas na elaboração de seus projetos setoriais. Em balanço de 2017, presidente da Apex contou que empresas apoiadas responderam por 28% da exportação brasileira.

São Paulo – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vai trabalhar de forma próxima do Setor Comercial (Secom) das embaixadas brasileiras no exterior. A estratégia foi detalhada nesta quinta-feira (7) pelo presidente da agência, Roberto Jaguaribe, em um encontro com jornalistas no Hotel Renaissance, em São Paulo, para um balanço das ações realizadas em 2017 e apresentação de projetos de 2018.

No exterior, a Apex-Brasil já costuma ter apoios e parcerias das embaixadas para suas ações. A agência trabalha a promoção das exportações brasileiras por projetos setoriais e os Secoms serão agora integrados na elaboração deles, “com vistas a absorver o conhecimento que eles têm de cada mercado em que estão situados”, disse Jaguaribe. Segundo o presidente, um primeiro projeto em que os Secoms foram chamados a opinar, do setor de arroz, já obteve uma mudança importante na percepção de mercados de relevância para o segmento.

A área comercial das embaixadas também será sempre chamada para geração de informações sobre os mercados. “Estamos através dos Secoms traçando algumas estratégias regionais e nacionais com vistas a maximizar a ocupação de espaços pelo Brasil em cada país”, afirmou o presidente da Apex-Brasil. A estratégia faz parte de uma percepção da agência da necessidade de incorporar mais atores do próprio Brasil em seus projetos setoriais.

Essa medida teve início no ano passado e terá continuidade em 2018. A Apex-Brasil também tem outras metas, como transformar a agência em uma One-Stop Shop (termo que designa um lugar que oferece solução completa) para Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil. Ela já fez várias ações para atração de investimentos, como a promoção do Brasil Investment Forum neste ano, que seguirá sendo realizado, além de várias parcerias para atuar na área.

No trabalho pela atração de investidores estrangeiros, entre os alvos estão os países árabes. Jaguaribe afirmou que o Brasil está muito interessado em atrair investimentos de fundos árabes. “O Brasil é o maior país libanês do mundo”, afirmou ele, reforçando os laços que unem o Brasil com a região.

Outras estratégias da Apex-Brasil para o ano que vem são o reforço do trabalho pela promoção do agronegócio brasileiro e pelo comércio eletrônico. A agência criou uma gerência de Agronegócio, que tem sob seu chapéu 18 projetos setoriais. Para o e-commerce, a ideia é promover a inserção de empresas brasileiras no mercado internacional com comercialização via internet e plataformas eletrônicas. Nesse último caso, os países foco são China, Estados Unidos, México e Argentina.

Ano que se vai

Em seu balanço de 2017, a Apex-Brasil mostrou números de exportação de janeiro a outubro, período em que as empresas apoiadas pela agência faturaram US$ 51,6 bilhões com as vendas internacionais. Elas responderam por 28,1% de tudo o que foi exportado pelo Brasil ao exterior nos primeiros dez meses do ano, que foi US$ 183,5 bilhões. No total foram apoiadas 11.562 empresas em 223 mercados ao redor do mundo. Destas companhias, 50,4% foram beneficiadas com ações de promoção comercial, 2,6% com internacionalização e 47% com qualificação.

Ações beneficiaram mais de 11 mil empresas

Entre os dez maiores destinos de exportação das empresas apoiadas pela Apex-Brasil, um deles é árabe: a Arábia Saudita, que está em oitavo lugar no ranking, com US$ 1,4 bilhões em produtos adquiridos. O primeiro da lista é a China (US$ 9,7 bilhões), o segundo, os Estados Unidos (US$ 6,2 bilhões) e o terceiro, a Argentina (US$ 2,6 bilhões). O ranking segue com Holanda, Hong Kong, Japão, Rússia, Arábia Saudita, Irã e Alemanha.

Sobre o mercado árabe, Jaguaribe destacou que o Brasil tem uma relação importante com a região, sobretudo no fornecimento de alimentos. “Algumas empresas de alimentos brasileiras são as maiores produtoras de proteína halal do mundo. Esse é um mercado que já é tradicional do Brasil, seja no Golfo, seja no Egito, seja num país não árabe como o Irã”, disse o presidente da Apex-Brasil, citando outros importadores de halal, como a Arábia Saudita.

De acordo com Jaguaribe, a presença árabe no Brasil gera muita afinidade com a região. “Fizemos um levantamento sobre quais destinos as empresas que querem se internacionalizar preferem, e um país que ficou entre os cinco primeiros foi Emirados, porque Dubai criou muitas condições para isso”, disse. Ele lembrou que já há investimentos de empresas brasileiras em países árabes e que a Apex-Brasil tem feito ações específicas para a região.

Entre estas iniciativas, ele citou a realização de uma missão da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) a cinco países do Golfo em novembro, da qual a Apex-Brasil fez parte, e outra missão que será realizada na próxima semana pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE), em Abu Dhabi, da qual a agência também participará. As duas ações são para atrair investimentos.

Fonte: www.anba.com.br

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